Petroleiros do Paraná entram em greve por tempo indeterminado


Pouco mais de 50% do quadro de funcionários da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, aderiram à greve nacional dos petroleiros anunciada a 0h desta quinta-feira (17). Segundo o presidente do Sindipetro e da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Mário Dalzotti, o percentual de trabalhadores que aderiu à paralisação no estado representa aproximadamente 900 funcionários. Eles deixaram de entrar no turno da noite de quarta-feira (16) às 23h20 e no da manhã desta quinta, às 7h30. Com isso, os funcionários que aguardavam a troca dos turnos trabalham há mais de 15 horas.
Entre as reivindicações dos funcionários está o cancelamento do leilão do Campo de Libra, o primeiro do pré-sal, marcado para segunda-feira (21), além de 16,53% de reajuste salarial.
No início da manhã o grupo protestou em frente à empresa com faixas e cartazes e impediu a entrada dos funcionários.  Entre os setores afetados pela paralisação estão manutenção, operação, produção, carregamento, laboratório e segurança industrial.
A Repar informou às 9h30 que a produção da empresa não parou e que aguarda um posicionamento oficial da sede da Petrobras Rio de Janeiro.
Além da Repar, a greve no Paraná também afeta a Usina do Xisto, em São Mateus do Sul, e o Terminal Aquaviário da Petrobras Transporte (Transpetro) de Paranaguá (Tepar).
Leilão de Libra
O leilão de Libra é o primeiro que vai conceder áreas para exploração de petróleo e gás natural na região do pré-sal sob o regime de partilha de produção. A expectativa é que a produção seja de 1 milhão de barris por dia da área de Libra, a maior reserva de petróleo já descoberta no país.
Pelas regras da partilha, vencerá o leilão o consórcio que apresentar a maior parcela do óleo de Libra destinada à União. A Petrobras será a operadora única e sócia de todos os campos, com no mínimo 30% de participação.
Fonte: http://g1.globo.com/pr