Sigla ensaia discurso crítico a Kireeff


Definido o novo Diretório para os próximos quatro anos, o PT de Londrina já pensa em "estar mais presente na vida da cidade". E essa presença significa marcar posição de crítico – "não de oposição", conforme enfatizou o presidente eleito no domingo último, Gerson da Silva – da administração do prefeito Alexandre Kireeff (PSD). Silva pontuou alguns dos temas que devem marcar o discurso petista daqui para frente. "Vemos problemas na saúde, dificuldades nas licitações, muitas mudanças no secretariado neste primeiro ano. É preciso também ter mais projetos para conseguir os recursos federais." 

Mesmo com as críticas, o PT não vai abrir mão do diálogo com PSD, especialmente pelas composições partidárias almejadas para o ano que vem, para as disputas eleitorais, segundo Silva. "O Kireeff é hoje o grande nome do PSD no Estado, e gostaríamos que ele estivesse conosco, mas não com a administração desgastada. Sem ser oposição, vamos tentar ajudar." 

Apostando na "coesão" da sigla, que não teve disputa de chapa em Londrina, o presidente afirmou que o PT vai se aproximar das bases, "trazer de volta aqueles filiados que se afastaram". Para as eleições do ano que vem, Silva informou que já estão definidos os nomes da vereadora Lenir de Assis para a disputa a uma vaga na Assembleia Legislativa (AL) e do deputado federal André Vargas e do sindicalista Denilson Pestana para a Câmara dos Deputados. "Ainda dependemos da aliança no ano que vem, pois se o partido que estiver conosco não colocar um nome para o Senado, Vargas será o candidato do PT." 

Nas eleições do PT em Londrina, dos 680 filiados aptos a votar, 503 compareceram. Silva recebeu 497 votos, havendo ainda cinco nulos e seis brancos.

Fonte: Folha de Londrina