Centrais sindicais promovem ato unitário pelo fim do fator previdenciário


A luta contra o famigerado Fator Previdenciário e em prol da correção da tabela do imposto de renda levou às ruas de São Paulo, na manhã desta terça-feira (12), centenas de militantes do movimento sindical e de movimentos sociais num protesto para pressionar o Governo.


A União Geral dos Trabalhadores (UGT), juntamente com a as demais centrais sindicais fizeram uma grande manifestação que saiu da Praça da Sé, marco zero de São Paulo, e percorreu as ruas do centro velho da cidade até o Viaduto Santa Ifigênia, onde fica o prédio do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

“Há mais de 10 anos, desde que o Fator Previdenciário foi criado, o trabalhador não tem o direito de se aposentar com dignidade. Por isso hoje é o dia de mostrar toda a indignação com esse descaso para com a classe trabalhadora,” explica Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.

Segundo o líder ugetista, os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros têm o direito constitucional a uma aposentadoria confortável assim que completasse os 30 anos de contribuição, para a mulher e 35 para o homem. Contudo o Fator Previdenciário, base de calculo criada em 1999, no governo Fernando Henrique, provoca perda no benefício dos aposentados que pode superar 40%. “Esse é um direito nosso e sagrado, por isso não podemos permitir que continuem rasgando a Constituição Federal para retirar uma conquistada depois de tantos anos de suor e trabalho,” diz Patah.

Os representantes das centrais sindicais estão solicitando uma reunião com os presidentes da República, do Congresso Nacional e do Senado visando sensibilizar os parlamentares quanto a importância de se votar, definitivamente, o fim desta base de calculo que é um “entulho” do neoliberalismo dos anos 90. “Precisamos escolher o rumo que o Brasil deve seguir, pois temos eleições ano que vem e quem estiver disposto a concorrer nas eleições, seja para governador, deputados ou senadores, estes precisam ter comprometimento para com a classe trabalhadora, caso contrário não ocuparão os cargos mais importantes do nosso país,” completa o presidente ugetista.

“Hoje todas as centrais estão juntas neste dia que expressa a indignação de um povo que, há mais de uma década, não pode ter uma aposentadoria decente. Queremos imediatamente o fim do fato previdenciário e lutaremos com todas as nossas forças para que isso ocorra. Além dessa questão do fato, a UGT é a favor da correção da tabela do Imposto de Renda (IR), pois temos companheiros que, durante anos, falaram da correção da tabela, mas que hoje por estarem no governo faltam com o apoio integral para regularizar essa situação essas duas situações atingem, diretamente, o salario da classe trabalhadora e sua dignidade. É preciso mudar para o Brasil crescer,” finaliza Ricardo Patah.

Fonte: UGT