Falta de acordo coletivo aumenta risco de greve no transporte público em Londrina


Os trabalhadores do transporte público de Londrina estão preocupados com a dificuldade de assinatura de acordos coletivos. Sem instrumentos normativos deste ano e com a proximidade da data base de 2014, eles não descartam a possibilidade de entrar em greve. A falta de acordo entre a prefeitura e as empresas de ônibus coloca em estado de alerta o trabalho dos servidores.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol), João Batista da Silva, explicou nesta segunda-feira (9) que já foram realizadas reuniões com o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) e os representantes da Londrisul e Grande Londrina. Segundo ele, não há previsão positiva para a categoria.
"Estamos em processo de negociação, como previsto para a época. Mas diferente dos anos anteriores ainda não conseguimos a aprovação dos instrumentos normativos de 2013. Está difícil. Estamos dependendo quase que exclusivamente do prefeito, que assumiu a negociação em fevereiro deste ano, quando entramos em greve", comentou.
Para esta quarta-feira (11) está marcada uma reunião no Ministério Público do Trabalho. A pauta de reivindicações dos trabalhadores prevê zeramento das perdas salariais, 4% de aumento real, plano de saúde e ticket alimentação. Também há proposta de repassar valores das cláusulas sindicais de 2013 por meio de abono salarial.
Já na quinta-feira (12), os trabalhadores se reúnem para uma assembleia geral da categoria. "A gente tem uma indicação por parte das empresas que isso não deve ocorrer. Ano passado era diferente, havia a troca da administração, demos um tempo para ele [Kireeff] tomar pé da situação. Mas agora não vamos aceitar mais delongas", afirmou o presidente do sindicato.
A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) anunciou o preço da passagem pode aumentar no próximo ano. Os estudos estão sendo concluídos, com projetos de valores diferenciados para estimular o uso do transporte coletivo. "A prefeitura tem que deixar os trabalhadores de fora dessa polêmica. É uma questão de sobrevivência. São decisões que cabem ao poder público e os trabalhadores não podem ser afetados", disse.
Fonte: londrina.odiario.com