Professores do EJA protestam durante visita de Beto Richa a Londrina


Os professores da rede estadual protestaram na manhã desta quinta-feira (16), durante visita do governador Beto Richa (PSDB) a Londrina, contra as mudanças na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Com faixas espalhadas pelo Calçadão, em frente ao Teatro Ouro Verde, eles cobraram do Estado respeito pelo sistema de ensino.

De acordo com a professora do Colégio Estadual Antônio de Moraes Barros, Mara de Oliveira, membro do Fórum Estadual de Educação de Jovens e Adultos, em Londrina, a instrução baixada pelo governador acarreta em diversos prejuízos aos alunos que são atendidos pelo sistema.
"Nós vemos de uma forma muito negativa porque estamos discutindo essas questões há muito tempo em vários eventos em nível estadual e federal. Essa instrução vem na contramão a tudo que a gente vem buscando para o EJA", afirmou.
Para ela, a mudança afeta principalmente os alunos que cursam o EJA de forma individual, programa destinado àqueles que não podem comparecer todos os dias no colégio por motivo de trabalho. "São caminhoneiros, pescadores, pessoas que viajam muito", contou.
A professora explicou que de acordo com a alteração do Estado, a modalidade será ofertada apenas nos Centros de Educação de Jovens e Adultos, os chamados CEEBJA - Londrina só há três unidades. "Não vai mais ter nas escolas de periferia, como a que eu trabalho. Com a mudança essas pessoas não poderão mais estudar próximo de sua casa. Como eles tem uma vida muito corrida e não podem comparecer em colégios mais distantes, nós acreditamos que eles vao deixar de estudar", afirmou.
Além disso, ela citou que ainda há prejuízos para quem tem dificuldade de aprendizado e necessidades especiais, pois deixarão de existir o atendimento que considere as especificidades de cada aulo. Também foi destacado o problema com as matrículas, que serão realizadas apenas em um período do ano.
O Fórum Estadual de Educação de Jovens e Adultos, em Londrina, já procurou o Ministério Público (MP), assim como a entidade em Curitiba, através do APP Sindicato, tentam revogar a instrução normativa.
Fonte: londrina.odiario.com