Na volta do recesso, Câmara promete cobrar resultados do Executivo


Votar dois projetos complementares ao Plano Diretor e apertar a fiscalização sobre o Poder Executivo. Estas devem ser as prioridades da Câmara Municipal de Londrina neste ano, de acordo com os vereadores. 
No caso do Plano Diretor, a revisão deveria ter sido concluída em 2008, mas, seis anos depois, ainda falta aprovar as leis de Uso e Ocupação do Solo e de Sistema Viário. Segundo o Estatuto das Cidades, a revisão do Plano Diretor deve ser feita a cada 10 anos, o que significa que a próxima deve ocorrer em 2018.

A fiscalização do Executivo deve ser intensificada, porque, depois de um ano em que quase tudo o que a administração de Alexandre Kireeff (PSD) quis foi aprovado pela Casa, os vereadores acham que chegou a hora de cobrar resultados. “No ano passado a Câmara deu as ferramentas: aprovamos projetos que o Executivo precisava para poder trabalhar”, afirmou Mário Takahashi (PV).

Cobranças

A agenda de cobranças começa pelo mato alto. Takahashi lembrou que a Casa autorizou, no ano passado, um aporte de R$ 10,8 milhões para a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), a pedido da administração. “O argumento era de que [o aporte] era necessário para que Londrina não ficasse no matagal e que não houvesse um surto de dengue”, afirmou. “A verba foi aprovada e encontramos a cidade hoje com mato alto e possibilidade de surto de dengue.”

Roberto Fú (PDT) fez coro. “No primeiro ano, temos consciência de que é um período de adaptação [para a administração municipal]. As cobranças serão mais duras [a partir de agora], porque é hora de mostrar serviço.” O pedetista explicou que os vereadores recebem “muitas cobranças” nas ruas e nos bairros e por isso precisam cobrar do Executivo.

Na avaliação de Lenir de Assis (PT), as principais preocupações no campo das cobranças são garantir “o cumprimento do orçamento” e do plano de metas que a própria administração municipal propôs no ano passado.

Ela lembrou que o fato de 2014 ser um “ano eleitoral”, o tempo para o Executivo trabalhar é mais curto. “É preciso cumprir os prazos para não deixar a população sofrer com os procedimentos”, afirmou Lenir.

Assim como Fú, ela disse que, passado o ano em que a administração teve tempo para “colocar a casa em ordem”, o momento é de cobrar resultados. “Isso [a justificativa de arrumar a casa] não existe mais, o prefeito não é mais novo e a Câmara também não é mais nova. É hora de um trabalho mais sistemático e de fiscalização.”

Fonte: Jornal de Londrina