Professores de Londrina realizam passeata por melhorias


Com apoio de alguns e reprovação de outros, professores e funcionários da rede estadual de ensino paralisaram as atividades nesta quarta-feira (19) em Londrina. O Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Paraná (APP – Sindicato) estima que 42 mil alunos foram afetados, mas, de acordo com o Núcleo Regional de Educação (NRE), nem todas as escolas aderiram ao protesto.
A paralisação ocorre em todo Paraná e atende a uma pauta nacional da categoria. Em Londrina, professores e funcionários se reuniram no Calçadão para depois seguir em passeata até a sede do Sistema de Assistência à Saúde (SAS), na esquina das ruas Souza Naves e Pará, no Centro. A manifestação deve terminar no início da tarde.
Entre as reivindicações da categoria, um dos diretores do sindicato, Edmundo Silva Novaes destaca os atrasos na progressão salarial dos professores. “Esses atrasos já acumularam uma dívida de mais de R$ 100 milhões, afirmou. Também são questionados pela categoria o não cumprimento da aplicação dos 33% de hora-atividade na jornada e o sucateamento do SAS.
Ainda segundo Novaes, as aulas perdidas pelos alunos com a paralisação serão repostas. “Nós temos um calendário de reposição e os alunos não terão prejuízo no conteúdo”, garantiu.
Maria Harumi é professora do estado há 40 anos e acredita que somente por meio de paralisações as reivindicações são atendidas. “A hora-atividade nós conseguimos assim. Devagar, algum efeito surte. Sempre foi preciso agirmos assim”, avalia.
A estratégia dos professores tem a aprovação da dona de casa Leoni de Souza. Com três netos em idade escolar, ela considera válida a luta dos servidores. “Eles estão certos de brigar pelo que querem. Estão buscando os direitos deles”, ponderou.
Apesar de já ter participado de muitas greves e paralisações de sua categoria, o metalúrgico aposentado Elson Martins não aprova o protesto dos servidores da educação. “Quem sofre com isso são os alunos. Por que não fazem essa manifestação no período de férias?”, sugere. Para ele, o “desrespeito com os alunos” impede que a população respeite a pauta de reivindicações da categoria.
Uma nova assembleia estadual está prevista para 29 de março. Se até esta data não houver avanços com o governo estadual, poderá ocorrer greve por tempo indeterminada.
Fonte: Jornal de Londrina