Greve dos educadores chega ao quarto dia sem avanços, em Curitiba


As negociações entre a Prefeitura de Curitiba e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), em relação à greve dos educadores dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) passaram mais um dia sem acordo. A categoria está paralisada desde terça-feira (18) e pede, entre outras coisas, a redução da carga horária de 40 para 30 horas semanais.

Segundo o Sismuc, uma comissão foi formada para negociar com a prefeitura. Por volta das 14h30, eles iniciaram uma reunião com representantes da prefeitura. Os sindicalistas esperavam a presença do prefeito Gustavo Fruet, mas ele não compareceu ao encontro. Os educadores ficaram até as 18h30 em reunião, mas não houve avanço na pauta de reivindicações.
Por outro lado, a prefeitura diz que o sindicato está sendo intransigente. Em nota enviada à imprensa, a administração municipal afirma que está disposta a negociar e afirma que pode dar uma posição sobre a carga horária até o dia 23 de abril.
Uma nova assembleia dos educadores está marcada para as 15h de sábado (22), em frente ao prédio da prefeitura. Na reunião, eles devem decidir quais os novos rumos que vão tomar para o movimento. Já a prefeitura diz que espera uma nova rodada de negociações a partir das 8h30 de segunda-feira (24).
Chance de multa
A greve dos educadores foi considerada ilegal pela Justiça do Trabalho. A decisão arbitrou multa de R$ 80 mil, caso os servidores não voltassem ao trabalho. Na quinta-feira (21), o Sismuc decidiu que vai recorrer da decisão e manter a greve.
Apesar da paralisação, a prefeitura informou que 95% dos CMEIs funcionaram. Dos 199 centros, apenas 10 ficaram totalmente fechados. Outros 45 funcionaram normalmente e os demais tiveram atendimento parcial nesta sexta-feira. Ainda conforme a prefeitura, pouco mais de 2 mil educadores não compareceram ao trabalho. Curitiba tem cerca de 5 mil educadores nos CMEIs.
Fonte: g1.globo.com/pr