Agentes da PolÃcia Federal em Londrina vão aderir ao movimento nacional nesta quarta-feira (7) e promover mais um protesto contra a falta de negociação com o governo para reestruturar a corporação e suas carreiras. Apenas 30% do efetivo será mantido. O ato será marcado pelo uso de vendas nos olhos e mordaças na boca dos trabalhadores.
A mobilização terá inÃcio à s 12h no Calçadão, no Centro da cidade. Agentes, escrivães e papiloscopistas irão atuar com panfletagem, exposição de cartazes informando a população sobre a crise que o órgão tem passado nesses dois últimos anos. "Será uma paralisação de meio expediente. Queremos voltar com as discussões que ainda não tiveram um sequer avanço", apontou o representante do Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná (Sinpef), Flávio Henrique Rossi .
Os trabalhadores reivindicam o reconhecimento das atribuições de nÃvel superior e, por consequência, a readequação salarial. De acordo com a PF, sem os devido funcionamento o órgão tem serviços prejudicados, que somam fronteiras desamparadas, aeroportos vulneráveis, burocracia que leva à impunidade.
Além disso, em nota encaminhada à imprensa nesta terça-feira (6), a Federação Nacional e Sindicatos Regionais dos Policiais Federais aponta que também há "interferências polÃticas nas investigações, queda de produtividade, insatisfação dos servidores, Ãndices alarmantes de doenças e suicÃdios e a queda absurda do combate ao crime organizado".
Uma decisão que pode piorar a situação dos policiais, segundo Rossi, é o anúncio de descontos dos dias que a categoria parou por conta dos protestos. "São descontos arbitrários. Estão se baseando em uma decisão em BrasÃlia, quando o Supremo disse que não poderÃamos fazer greve. Mas essa decisão não foi de colegiado e estamos sendo ameaçados nesse sentido", comentou.
Em 7 de maio é comemorado o dia do oftalmologista, especialista em problemas na visão e por conta disso, em todo o paÃs, a mobilização vai contar com as vendas nos olhos contra ao que os policiais chamam de "gestão mÃope da segurança pública brasileira".
"Não propomos trem da alegria ou alteração da essência dos cargos.Queremos que a Constituição Federal seja cumprida, que o castigo do congelamento salarial dos últimos anos seja cessado, e que nossas atuais atribuições, já exercidas, sejam reconhecidas em Lei", apontou a nota da Federação.