Servidores da UEL tentam acordo com MP para carga horária diferenciada em Londrina


Os servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) retomaram a discussão para manter carga horária diferenciada para 21 categorias profissionais. Uma recomendação administrativa do Ministéiro Público (MP), emitida em 28 de abril, determinou que eles cumpram 40 horas de trabalho semanal. Sem um projeto de lei que regulamente a situação, o Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da UEL (Assuel) espera um acordo como MP.

O presidente da Assuel, Marcelo Seabra, explicou que o prazo estipulado pela promotora de Defesa do Patrimônio Público, Sandra Koch, vence neste mês e por isso a entidade tem urgência em resolver a questão. "Não estamos pedindo redução da carga horária. Há profissionais que trabalham há pelo menos 20 anos em regime de 24, 30 ou então 36 horas. E vem praticando essa condição desde que entraram na Universidade, até porque o edital do concurso à época que entraram previa essa carga horária", apontou.
O problema, segundo Seabra, é que a promotora que emitiu a recomendação está de férias e eles têm tido dificuldades em chegar a um acordo. Em assembleia na última terça-feira (6), os servidores criaram uma comissão com 12 pessoas para debater o assunto com autoridades e tentam espaço para conversar com vereadores e o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) na próxima semana. A intenção é sensibilizar o maior número de representantes para a causa.
Os servidores alegam que aguarda, desde setembro do ano passado, o encaminhamento de um projeto de lei do Estado para a regulamentação de cada categoria profissional. Porém, o documento não foi encaminhado. "A gente entende que o projeto seria a melhor forma de acertar essa condição, até para evitar eventuais problemas futuros", disse o presidente da Assuel. Mesmo com encontros com as Secretarias de Estado de Administração e da Previdência (Seap) e de Ciência, Tecnologia  e Ensino Superior (Seti), ainda não há um posicionamento para a jornada de trabalho dos servidores.
Sem uma resposta oficial, os profissionais cogitam paralisar as atividades. Na terça-feira (13) e na sexta (16) eles se reúnem para nova assembleia e podem acabar por votar por um indicativo de greve. "O ideal seria o projeto de lei para sanar definitivamente esse problema. Mas se não houver acordo entre as partes seremos forçados a tirar um indicativo de greve", comentou Seabra.
Fonte: londrina.odiario.com