Greve persiste até proposta convincente, afirma sindicalista


Hoje, os policiais civis fazem reuniões de organização da categoria para iniciar a greve a partir da meia-noite. O presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), André Gutierrez, disse que a greve vai durar até quando o governo do estado apresente uma solução efetiva e prática para a transferência dos presos das delegacias. 

A Polícia Civil informou que não comenta a possibilidade de greve da categoria. Atualmente, as delegacias têm cerca de 4 mil policiais em todo o estado. Segundo ele, hoje há agentes de cadeia pública nas delegacias que são contratados pelo PSS (Processo Seletivo Simplificado) e não passam por concurso público. "São pessoas de emprego temporário em atividade de risco", alertou. Segundo ele, os profissionais contratados pelo PSS não recebem o mesmo treinamento dos concursados. 

A paralisação já era decisão da categoria, caso algum policial fosse morto. Segundo Gutierrez, desde a tragédia envolvendo o investigador Marcos Gogola a classe já havia decidido por paralisação caso mais alguém morresse em razão da presença de detentos em delegacias. Gogola era superintendente da Delegacia de Campo Largo, e foi morto em setembro de 2013 durante uma ação de resgate de um preso no Centro de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Gogola e um agente escoltavam o detento Dionatan Mendes de Quadros durante uma consulta ao dentista quando foram surpreendidos por quatro homens armados. 

Região
A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol) deve se reunir ainda hoje para discutir estratégias do movimento. Segundo o presidente do Sindipol, Ademilson Antônio Alves Batista, a classe "já temia há muito tempo pelo ocorrido". 

Fonte: Folha de Londrina