O vice-prefeito de Londrina, Guto Bellusci (PSD), tem passado menos tempo na prefeitura desde que se viu obrigado a renunciar ao cargo de conselheiro de administração da Sercomtel, função pela qual recebia R$ 2,8 mil mensais. Agora, apenas como vice-prefeito, seus rendimentos no poder público são de cerca de R$ 5,2 mil brutos, valor insuficiente para suas despesas. Por isso, admite que reduziu o tempo de dedicação ao cargo público. "Tenho viajado um pouco mais. Tenho que cuidar da minha vida. Tenho meus negócios", declarou, acrescentando que tem feito mais viagens a São Paulo, onde tem negócios privados. 

No entanto, apesar do tempo menor na prefeitura, Guto garantiu que mantém em dia seus compromissos públicos e que não tem obrigação legal de dar expediente na prefeitura. "O vice-prefeito somente tem a obrigação de substituir o prefeito. Não sou obrigado a dar expediente. Mas tenho cumprido com meus compromissos." Guto é supervisor do Plano Municipal de Transparência e Controle Social, coordenador do Programa de Modernização da Gestão Pública e coordena as comemorações dos 80 anos de Londrina. 

A Procuradoria-Geral do Município, após questionamento da Promotoria de Defesa Patrimônio Público, definiu que é ilegal acumular cargos públicos e salários, como era o caso de Guto e de outros três membros do governo municipal que acumulavam cargos nos conselhos de administração e fiscal da Sercomtel. Todos deixaram as funções na telefônica. 

Integram agora o Conselho de Administração da Sercomtel Fabiano Teixeira Odebrecht e José Luiz Pascual Filho, que ocuparam as vagas deixadas por Guto e pelo assessor José Carlos Bruno de Oliveira. André Rodrigo de Oliveira e José Carlos da Rocha estão no Conselho Fiscal, em substituição ao secretário de Governo, Paulo Arcoverde e ao assessor Gustavo Lessa.

Fonte: Folha de Londrina