Em esforço concentrado da Assembleia Legislativa, que realizou duas sessões extraordinárias e transformou o plenário em Comissão Geral, foram aprovados, ontem, por unanimidade, em três discussões, os projetos que concedem reajuste de 6,28% aos servidores públicos estaduais, aos funcionários da Assembleia Legislativa, do Ministério Público e do Tribunal de Contas. 

A pressa para a votação foi para garantir que o aumento seja pago já nos salários de maio. Houve acordo entre base aliada e oposição para que não fossem apresentadas emendas. No entanto, uma emenda apresentada pela Comissão de Constituição e Justiça, corrigindo erro de formalidade no texto, precisou ser apreciada, o que fez a liderança do governo solicitar a transformação do plenário em Comissão Geral. 

Apesar da situação financeira delicada que o Estado atravessa, correndo o risco, inclusive, de ultrapassar o limite prudencial de gasto com pessoal, o líder do governo na Casa, Ademar Traiano (PSDB), explicou que o impacto de mais R$ 75 milhões mensais, quase R$ 1 bilhão por ano, não prejudica o cofre paranaense, que já previa esse gasto em seu orçamento. "Nós estamos cumprindo o que determina os acordos salariais anuais. O governo não tem como fugir disso, já está previsto na peça orçamentária e não cria nenhum implicador. Já temos isso assegurado quando da votação do orçamento na Assembleia", disse Traiano. 

Além dos reajustes já aprovados, chegou ontem à Assembleia anteprojeto de Lei do Tribunal de Justiça concedendo os mesmos índices de reajustes (6,28%) aos servidores do Poder Judiciário do Estado. O aumento para os servidores do TJ causará um impacto de R$ 32,4 milhões neste ano, subindo para R$ 51,1 milhões em 2015, e R$ 54,7 em 2016, quando o gasto anual com a folha deve chegar a R$ 1,463 bilhão pagos aos 8.361 funcionários.

Fonte: Folha de Londrina