Após assembleia, professores da rede pública decidem manter greve no Rio


Os professores das redes municipal e estadual do Rio decidiram em assembleia nesta sexta-feira (30) pela manutenção da greve da categoria. Após o encontro, realizado no Clube Municipal, na Tijuca, zona norte, os profissionais de educação vão seguir em passeata em direção à sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, onde vão reivindicar uma audiência, segundo informou o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação).
Na quarta-feira (28), cinco professores ficaram feridos durante uma manifestação da categoria, na avenida Presidente Vargas, no centro da capital, em frente à Prefeitura do Rio. Os docentes grevistas foram reprimidos pelo Batalhão de Choque após bloquearem a via. Eles foram levados para o Hospital Municipal Souza Aguiar e liberados após avaliação médica. Um deles passou por um procedimento cirúrgico porque teve o ombro deslocado.
Durante a manifestação, representantes do Sepe estavam reunidos com a secretária Helena Bomeny e o subsecretário de Gestão, Paulo Figueiredo. Segundo o Sepe, os envolvidos não chegaram a um acordo. Os professores ainda aguardam um encontro com o governador do Estado Luiz Fernando Pezão, que, de acordo com o Sepe, teria sido prometido pela chefia da Casa Civil.
A presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Leila Mariano, declarou ilegal a greve dos professores estaduais, em decisão tomada na terça-feira (27), estipulando multa diária de R$ 300 mil para o Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação no Rio, caso a greve não seja encerrada.
A diretoria do sindicato informou que não seria possível terminar a greve antes de consultar a categoria. A Secretaria Estadual de Educação disse que cortaria o ponto dos professores faltosos.
Entre as reivindicações dos docentes estão o reajuste salarial de 20% — incluindo os aposentados —, fim da terceirização, redução para 30 horas semanais da carga horária dos funcionários administrativos e o reconhecimento do cargo de cozinheiro (a) escolar. Os professores pedem ainda equiparação salarial, já que, segundo o Sepe, cerca de 10% dos professores teriam vencimentos inferiores aos dos demais colegas.
A categoria está paralisada desde o dia 12 de maio e deve se reunir em uma nova assembleia na próxima quinta-feira (5).
Fonte: http://noticias.r7.com/