Professores da rede municipal iniciam greve em Curitiba


Professores da rede municipal de ensino de Curitiba entraram em greve nesta segunda-feira (11) por tempo indeterminado. A mobilização, que é um protesto contra o cronograma do novo Plano de Carreira, deve atingir 150 mil estudantes. Apesar da greve, a Secretaria Municipal de Educação orienta os pais a levarem os filhos para as escolas. Segundo a secretaria, será feito um esforço para garantir atendimento aos alunos. A categoria deve ser reunir para protestar em frente à Câmara de Vereadores durante a manhã.
A inciativa, porém, é criticada pelo Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) que afirma que a prefeitura não tem efetivo para manter as escolas operando sem a totalidade dos professores. “Mesmo as escolas que podem não fechar para a greve, terão professores no movimento, e o funcionamento será comprometido de qualquer forma. Nós pedimos a adesão dos pais para que não levem os filhos para as escolas”, disse a diretora do Sismmac Viviane Busato.
A diretora afirma que o principal motivo para a deflagração da greve é o prazo de implantação do novo plano de carreira do magistério municipal previsto do projeto de lei que tramita na Câmara de Vereadores desde julho deste ano. “A minuta do projeto de lei no artigo 17 fala em 27 meses para implantação e não foi este o prometido em março deste ano. Nós esperamos que a prefeitura reduza este prazo. A nossa pauta é para que o plano seja aplicado em janeiro de 2015”, disse a diretora.
Ao todo, são 12 mil professores na rede municipal de ensino. O sindicato espera que a adesão dos professores seja significativa, e por enquanto não há previsão para que professores e gestores públicos sentem à mesa para discutir a paralisação.
Por meio de nota oficial, a Secretaria de Educação diz estar a disposição para o diálogo com os professores em torno do plano de carreira. A administração pública destaca que o plano que está na Câmara, se aprovado, corrigirá em dois anos distorções acumuladas ao longo das últimas duas décadas.
Outra greve
Este é o segundo movimento grevista da categoria neste ano. Em março, as atividades escolares das crianças curitibanas também foram comprometidas pela paralisação que tinha como foco as discussões em torno do plano de carreira.
Fonte: g1.globo.com/pr