Professores da rede municipal de Curitiba decidem continuar a greve


Professores municipais da capital paranaense decidiram manter a greve, que começou na manhã desta segunda-feira (11), após uma assembleia realizada por volta das 16h desta segunda, de acordo com o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac). O sindicato informou ao G1 que a greve foi mantida porque "a administração não quis negociar de verdade". A categoria foi recebida por representantes da prefeitura no início desta tarde. A mobilização é um protesto contra o cronograma do novo Plano de Carreira.
Segundo o sindicato, aproximadamente 5 mil professores paralisaram as atividades durante a manhã e 4 mil à tarde, atingindo 70% das escolas. Já prefeitura informou que, nesta tarde, 37% das escolas municipais ficaram fechadas e 35.885 crianças não tiveram aula nesta segunda-feira. Ainda nesta tarde, 2.628 professores pararam às atividades, de acordo com a administração municipal. Este número equivale a 48% dos professores do turno da tarde.
A reunião durou aproximadamente uma hora e meia e, conforme a Prefeitura de Curitiba, participaram representantes dos professores; a secretária municipal de Recursos Humanos, Meroujy Cavet; a secretária municipal de Educação, Roberlayne Roballo; e o secretário do Governo Municipal, Ricardo Mac Donald Ghisi.
A administração municipal pede que os representantes da categoria apontem uma solução para a implementação imediata do novo plano de carreira do magistério municipal. Segundo a prefeitura, o impacto para esta implantação imediata é de R$ 90 milhões. A administração municipal reforçou que continua aberta às negociações.
Ao todo, são 12 mil professores e 100 mil alunos da rede pública municipal de ensino. A greve atinge escolas do ensino fundamental – basicamente escolas de 1ª a 5ª série, algumas com turmas até a 9ª série, ainda de acordo com a prefeitura.
Conforme o Sismmac, a partir das 10h de terça-feira (12), os professores devem se reunir em frente à Câmara Municipal com a expectativa de serem recebidos pelos vereadores.
A diretora Sismmac Viviane Busato havia afirmado que o principal motivo para a deflagração da greve é o prazo de implantação do novo plano de carreira do magistério municipal previsto do projeto de lei que tramita na Câmara de Vereadores desde julho deste ano. “A minuta do projeto de lei no artigo 17 fala em 27 meses para implantação e não foi este o prometido em março deste ano. Nós esperamos que a prefeitura reduza este prazo. A nossa pauta é para que o plano seja aplicado em janeiro de 2015”, disse a diretora.
Por meio de nota oficial, a Secretaria de Educação garantiu estar à disposição para o diálogo com os professores em torno do plano de carreira. A administração pública destaca que o plano que está na Câmara, se aprovado, corrigirá em dois anos distorções acumuladas ao longo das últimas duas décadas.
Outra greve
Este é o segundo movimento grevista da categoria neste ano. Em março, as atividades escolares das crianças curitibanas também foram comprometidas pela paralisação que tinha como foco as discussões em torno do plano de carreira.
Fonte: g1.globo.com/pr