Com salários atrasados, funcionários do Evangélico paralisam atividades


Dezenas de funcionários do Hospital Evangélico, em Curitiba, decidiram paralisar  as atividades desde as 7h desta segunda-feira (15) para protestar sobre os salários atrasados. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Curitiba (Sindesc), os trabalhadores não receberam o pagamento e o vale refeição referente ao mês de agosto. Ao todo, conforme o sindicato, são três mil funcionários que aguardam a regularização dos salários. Entre eles estão médicos, enfermeiros, funcionários de rouparia, higiene e limpeza, entre outros.
Ao G1, a direção do hospital informou que a paralisação afeta principalmente o setor ambulatorial do hospital. Os pacientes que já tinham consultas agendadas terão que remarcá-las. Sobre o atraso nos pagamentos, o hospital informou que o problema é referente ao repasse feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à Secretaria Municipal de Saúde. Ainda conforme o Sindesc, os funcionários não vão retornar às atividades até que os pagamentos sejam regularizados.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde informou que fará um repasse de R$ 2,9 milhões ao hospital nesta segunda-feira. O órgão municipal também informou que o Evangélico tem contrato de até R$ 9,3 milhões mensais para a realização de serviços financiados por meio do SUS e que a instituição recebe regularmente os valores referentes a essas ações contratualizadas. 
"Devido a empréstimos consignados firmados pelo Hospital Universitário Evangélico com instituições financeiras, o Fundo Nacional de Saúde retém cerca de R$ 2 milhões do valor total contratualizado. Conforme o previsto, na última sexta-feira (12), a Secretaria Municipal da Saúde repassou R$ 385 mil para o hospital referentes ao Fundo de Ações Estratégicas e Compensações (Faec). Nesta segunda-feira (15), também conforme o cronograma já estabelecido, a pasta realiza o repasse referente a contratualização e produção, que somam em torno de R$ 2,9 milhões – já descontados os valores retidos pelo Fundo Nacional de Saúde", diz a nota.
Fonte: http://g1.globo.com/pr