Más notícias para Dilma Rousseff


O Brasil não é a única economia emergente que enfrenta ventos contrários, mas o país está particularmente instável. Dilma voltou de seu descanso pós-eleitoral para uma série de más notícias.

O déficit comercial aumentou para US $ 1,1 bilhões em outubro, um alta histórica para o mês. Ele agora está em US $1,8 bilhões no ano. As importações e as exportações caíram, apontando para a atividade  econômica fraca. Um pequeno aumento esperado na produção industrial em setembro, foi, na verdade, um mergulho; ela já encolheu por cinco trimestres consecutivos.

Então, em 5 de novembro, verificou-se que o número de brasileiros vivendo na miséria, aqueles incapazes de evitar a desnutrição, aumentou em 371 mil entre 2012 e 2013, atingindo 10,4 milhões de brasileiros. Este é o primeiro aumento desde que o PT de Dilma chegou ao poder em 2003. Isso representa um golpe particularmente duro para a presidente, que passou grande parte da campanha dizendo o quanto ela tinha feito para melhorar a vida dos indigentes. Agora, parece que, como a oposição tem sublinhado repetidamente, o progresso social sob Lula, que governou o país entre 2003 e 2010, estagnou sob sua pupila.

Especialistas atribuem o aumento da pobreza extrema à baixa produção, o que afeta a renda e aumenta a inflação, que reduz o poder de compra. E as coisas podem piorar. Em 2013, a economia cresceu 2,3%; previsões sugerem que ela pode não crescer este ano e apenas 1% em 2015. O PIB per capita  vai cair. A inflação, na verdade, desceu ligeiramente em outubro, para 6,6%, mas continua teimosamente acima da faixa da meta do Banco Central.

Fontes: The Economist - After the election, the reckoning