Motoristas de ônibus buscam acordo com patrões para evitar greve em Londrina


Uma reunião convocada na manhã desta segunda-feira (15) pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol) no Ministério do Trabalho, em Londrina, com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon), foi esvaziada pela ausência dos representantes patronais. O objetivo é tentar chegar a um acordo salarial para a categoria, que tem data-base em 1º de janeiro, ainda neste mês.

De acordo com o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, a medida é administrativa e pretende fechar um reajuste salarial antes da virada do ano. "A tente está tentando uma negociação direta, mas ela não está evoluindo. As empresas estão sendo claras que não têm condições de fazer proposta nenhuma neste momento", comentou, ao comentar a ausência das empresas na mesa de negociação.

Para conseguir um acordo ainda neste ano, os trabalhadores esperam contar nestes 15 dias restantes do ano, com a mediação do poder público, prefeitura e Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), para evitar um conflito de negociação que poderá se desdobrar em greve em 2015.

Segundo Silva, o município já determinou o dia 1º de janeiro como data de anúncio do reajuste da tarifa de ônibus no município. "Não vamos deixar a negociação ocorrer depois que a tarifa for decretada. Ela tem que ocorrer antes do dia 1º, senão não teremos êxito em nossas reivindicações", salientou, citando que em negociações anteriores a categoria só obteve êxito após a realização de greves.

O setor reivindica nas cláusulas econômicas, o reajuste da inflação do último ano mais 4% de produtividade, além de reajuste do ticket-alimentação de R$ 5 para R$ 10.

Para o sindicalista, a expectativa é que ainda na tarde desta segunda-feira possam ser convocados para uma nova reunião com o sindicato patronal. No Ministério do Trabalho ficou agendada um novo encontro para esta terça-feira (16), às 16h.

O Metrolon, através da assessoria de comunicação, informou em nota que "as empresas não vão deixar de realizar a correção nos salários dos trabalhadores do transporte. Apenas estão aguardando o posicionamento da CMTU para verificar em quais condições poderão efetuar a correção nos salários".

Fonte: londrina.odiario.com