Servidores públicos da área de Saúde de Curitiba decidiram manter a paralisação iniciada à meia-noite desta segunda-feira |(2), na troca de escala. No fim desta tarde, a categoria se reuniu em assembleia realizada nas escadarias da Câmara Municipal. Segundo o sindicato, os servidores vão se concentrar, a partir das 9h de terça-feira (3), em frente ao prédio da administração municipal até que o prefeito Gustavo Fruet (PDT) os receba.
Apesar da paralisação, todas as unidades de saúde e de pronto atendimento da cidade abriram nesta segunda, de acordo com a prefeitura. A ausência registrada foi de 4,57%, conforme informou a administração municipal no fim da tarde.
Entre os motivos para a paralisação estão o déficit de funcionários no setor, o não pagamento de horas-extras e do reajuste salarial concedido em dezembro de 2014.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), a Prefeitura de Curitiba deve 31 mil horas-extras. Ao todo, a saúde pública da capital paranaense tem sete mil servidores.
Na manhã desta segunda, a vice-prefeita Mirian Gonçalves (PT) recebeu representantes do Sismuc. Porém, segundo o sindicato, a conversa foi “pouco produtiva”.
O Sismuc ainda informou que, conforme a recomendação do Ministério Público, segue mantido o atendimento de urgência e emergência à população. O sindicato ressaltou que a mobilização desta segunda-feira atingiu quase todas as unidades de saúde – das 106, 72 realizaram algum tipo de paralisação, mesmo que os trabalhadores estivessem no local fazendo o atendimento de urgência e emergência.
Injustificada
A administração municipal reconhece algumas pendências, entretanto, considera a paralisação “injustificada”. Por meio de nota, a Prefeitura de Curitiba afirma que as horas-extras de 2014 serão pagas no mês de fevereiro. Quanto ao reajuste salarial, a prefeitura diz que pagará em março, retroativo a janeiro e com o valor corrigido pela inflação. O mesmo prazo é dado em relação a algumas promoções de carreira.
A prefeitura ainda destaca a realização do concurso público, no sábado (31), com o intuito de contratar servidores para o serviço de urgência e emergência e um novo processo seletivo programado para outro primeiro semestre deste ano.
O poder público municipal considera ainda que já assegurou garantias e avanços para a carreira dos profissionais de saúde. Diz que mantém o diálogo aberto com o sindicato que representa os servidores e que aguarda um posicionamento do Sismuc sobre os prazos mencionados.
Fonte: http://g1.globo.com/pr