Servidores da Saúde de Curitiba aceitam proposta e encerram greve


Os trabalhadores da saúde pública de Curitibadecidiram suspender a paralisação iniciada na segunda-feira (2). A decisão foi tomada no início da tarde desta terça-feira (3) em assembleia realizada com os servidores em frente ao prédio da prefeitura. A categoria aceitou a proposta feita pela prefeitura de quitar as horas extras pendentes em duas parcelas, em março e abril.

De acordo com a diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), Irene Rodrigues, o acordo não foi o esperado, mas trouxe avanços. "Conquistamos mais do que a prefeitura havia nos colocado em dezembro. A greve está suspensa, mas se houver qualquer descumprimento dos termos acordados, ela volta".

A decisão pelo fim da greve ocorreu depois de representantes do Sismuc participarem de uma reunião com o secretário do Governo e as secretarias de Saúde e Recursos Humanos de Curitiba.

Em nota, a prefeitura informou ainda que, conforme já havia sido apresentado, os novos pisos salariais e a incorporação de gratificações no vencimento-base do servidores entrarão em vigor no mês de março, com pagamento retroativo a janeiro.

Os demais pontos da pauta de reivindicações serão discutidos em mesas próprias, uma para a atenção básica e outra para a urgência e emergência.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, todos os serviços foram realizados durante o período da mobilização, com a manutenção de 100% dos atendimentos de urgência e emergência em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Reivindicações
Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), a prefeitura deve 33 mil horas extras. A saúde pública da capital paranaense conta com sete mil servidores. A dívida total, de acordo com o sindicato, é de aproximadamente R$ 1,5 milhão.

Na manhã desta terça-feira, os servidores protestaram em frente ao prédio da administração municipal, no Centro Cívico. Com faixas e cartazes, a categoria pediu o pagamento de horas extras e do reajuste salarial concedido em dezembro de 2014. Os trabalhadores, que também reclamaram do déficit de funcionários no setor, estavam em greve desde segunda-feira (2). 

Fonte: http://g1.globo.com/pr