Servidores do Poder Judiciário fazem paralisação nesta terça


As manifestações dos servidores estaduais devem ganhar novo apoio nesta terça-feira (24). O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná (Sindijus) divulgou um informe com a paralisação programada para terça em frente ao Fórum de Londrina e demais prédios do Poder Judiciário no Paraná.

De acordo com o próprio sindicato, a paralisação é uma forma de manifesto contra o pacote de medidas propostas pelo governador Beto Richa (PSDB). “A questão da extinção do Paranáprevidência também nos afeta. Além disso, temos uma questão muito interna em relação ao auxílio moradia para os juízes. Tudo isso interfere no orçamento do Tribunal de Justiça e na manutenção dos nossos salários e aposentadorias”, detalhou o diretor executivo do Sindijus, Antônio Marcos Pacheco.

“Com a extinção da Paranáprevidência e a transferência do Fundo Previdenciário para o Fundo Financeiro, não só os servidores que vierem a se aposentar no futuro serão prejudicados mas, sim, todos os servidores e magistrados do Judiciário correrão sérios riscos, pois a partir de então, todos (atuais e futuros servidores, ativos e aposentados) passarão a perceber seus salários, aposentadorias e pensões, dos cofres e do orçamento próprio do Judiciário. Significa dizer que poderá haver comprometimento total do orçamento com despesas de pessoal. Se isto vier a acontecer, estarão comprometidos os investimentos na estrutura do Judiciário”, diz trecho do documento.

O diretor do Sindijus diz não saber precisar o número de servidores que devem adotar a paralisação nesta terça-feira em Londrina. “Queríamos que a adesão fosse alta, mas sabemos que há um enfrentamento direto, especialmente por conta dos juízes, por causa dessa questão do auxílio moradia”, ressaltou.

De acordo com o Sindicato, durante toda a terça-feira as portas dos fóruns deverão permanecer abertas como em um dia de expediente comum para não impedir o funcionamento de outros órgãos instalados nas dependências dos fóruns ou impedir o trabalho de magistrados e servidores que não aderirem ao manifesto.

“Aos que aderirem, devem apenas atender a feitos urgentes, e o atendimento ao público será apenas com o fim de informar cidadãos e advogados do risco para o futuro do funcionalismo caso as medidas sejam aprovadas”, diz trecho de nota divulgada pelo Sindijus.

Fonte: Jornal de Londrina