Professores do DF anunciam fim da greve e volta Ă s aulas na segunda


Professores da rede pública do Distrito Federal decidiram em assembleia nesta sexta-feira (27) encerrar a greve da categoria, que teve início na última segunda-feira (23). Segundo o diretor do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro), Washington Dourado, as aulas voltam ao normal na próxima segunda (2). Ele afirmou que a categoria votou por organizar uma nova paralisação para abril, caso o governo não pague o reajuste previsto no plano de carreira.

Durante reunião nesta sexta, o GDF propôs à categoria antecipar a quitação total dos benefícios atrasados para até final de março, caso haja recurso em caixa, ou abril. O governo condiciona a quitação à aprovação do remanejamento de R$ 140 milhões dos fundos distritais para as contas do Tesouro, em votação nesta sexta na Câmara Legislativa.

"A gente não avaliou a proposta. Nem concordamos e nem discordamos. A proposta não atende aos nossos desejos, mas preferimos organizar a greve para abril, para o caso do governo não pagar o reajuste previsto em nosso plano de carreira, quando a primeira parcela deve ser paga", disse  Dourado. "Se o valor não for pago, iniciamos a greve para o quinto dia."

Os secretários de Educação, da Casa Civil, de Relações Institucionais, de Planejamento e de Fazenda se reuniram no Palácio do Buriti com o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SAE) para negociar o fim da greve da categoria na manhã desta sexta. O governo decidiu que o dinheiro dos fundos será utilizado para cobrir R$ 83 milhões da folha de pagamento de fevereiro e, com o restante, quitar os benefícios atrasados.

 

De acordo com o secretário de Relações Institucionais, Marcos Dantas, o uso dos fundos possibilitará que os atrasados sejam divididos em quatro parcelas e não seis, como estava previsto. "Aquilo que seria quitado em junho, será quitado em abril. Se houver fluxo de caixa a gente pretende quitar todas as dívidas da saúde e educação até o final de março", afirmou.

No calendário apresentado na reunião, o Executivo sugeriu que os pagamentos atrasados sejam feitos a partir de 27 de fevereiro, quando seria quitada a segunda parcela das férias. No dia 20 de março, o 13º dos professores temporários deve ser pago; em 30 de março, a 3ª parcela das férias e a 1ª parcela do 13º; em 30 de abril, a 2ª parcela do 13º e a quitação total do pagamento dos atrasados de 2014. Outro compromisso assumido pelo GDF foi liberar até o dia 10 de março uma parcela do Programa de Descentralização Administrativa Financeira (PDAF) no valor de R$ 19,7 milhões.

A diretora do Sinpro, Rosilene Correa, afirmou que somente após a votação na Câmara Legislativa, a categoria irá votar em assembleia o que foi proposto pelo GDF. "Nós estamos indo para a Câmara discutir com os deputados na tentativa de que esse remanejamento seja para de fato quitar todas as pendências que o governo tem com a categoria", afirmou. "O que queremos é o compromisso de que a autorização da Câmara para esse remanejamento seja para quitar a dívida com os trabalhadores da educação."

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