Funcionários da UEL decidem continuar em greve; professores se reúnem na quarta


Os funcionários dos setores técnicos e administrativos da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e do Hospital Universitário (HU) decidiram manter a greve, em votação unânime na tarde desta segunda-feira (2). Na UEL, são 3.840 funcionários.

A assembleia foi realizada no pátio do HU, que continua atendendo apenas casos de urgência e emergência. Antes da votação, o presidente da Associação dos Servidores da UEL (Assuel) explicou aos servidores o entendimento de que o governo do Paraná quebrou o acordo feito com os grevistas na semana passada.

Entre outros itens, o acordo previa a desistência, pelo governo, do projeto de lei visando transferir R$ 8 bilhões do Paraná Previdência para um fundo comum nos caixas do Estado.

“Havíamos feito um acordo em ata e entendíamos que havia como suspender a greve. No entanto, fomos surpreendidos no dia seguinte com a postura do governo do Paraná em dar continuidade aos projetos na Assembleia Legislativa”, afirmou o presidente da Assuel, Marcelo Seabra, à TV UEL.

Segundo ele, a atitude do governo “colocou abaixo toda a negociação que havíamos feito anteriormente”. Diante do contexto, os funcionários aprovaram a continuação da paralisação, que completa nesta segunda-feira (2) 13 dias.

Na quarta-feira (4), o Sindicato dos Professores (Sindiprol/Aduel) da UEL também realiza a assembleia da categoria, no período da manhã. A universidade tem quase 1,7 mil docentes e a expectativa é de que a greve também seja mantida. Os alunos também estão paralisados.

Dia de protestos

Na manhã desta segunda-feira (2), professores da rede estadual, também em greve há três semanas, foram para o Calçadão de Londrina em mais um dia de protestos.

O alvo das críticas dos educadores foi a decisão do juiz Victor Martim Batschke, que determinava a volta dos professores do 3º ano do ensino médio às salas de aula. Mesmo com a liminar, a categoria só vai decidir o destino da paralisação na quarta-feira, junto com os professores da UEL.

“Somente a própria categoria poderá suspender a paralisação, já que foram os professores que decidiram pelo movimento. O governador pode pedir e espernear porque, neste caso, quem decide é a categoria”, reforçou o presidente da APP-Sindicato em Londrina, Márcio André Ribeiro.

Fonte: Jornal de Londrina