Trabalhadores e empresários unidos contra as MP 664 e 665


Mais de 200 empresários e representantes das centrais sindicais reunidos na tarde desta segunda-feira (9), na sede da Fiesp, em São Paulo, decidiram, por unanimidade, unirem força contra as medidas provisórias 664 e 665, editadas nos últimos dias de dezembro do ano passado e que retira direitos dos trabalhadores e também a MP 669, que acaba com a desoneração da folha de pagamento. O encontro reuniu empresariais de diversos setores e representantes da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que aprovaram a criação do Comitê de Ação Permanente contra aumento de imposto.

Os líderes foram unanimes contra a mudança no projeto de desoneração da folha de pagamento, a Medida Provisória 669, devolvido pelo Senado, na semana passada, ao Governo e que agora passa a ser um projeto de lei, assinado pela presidente Dilma Rousseff em caráter de urgência.

Na reunião também foi decidido que o comitê vai elaborar um documento a ser entregue a presidenta Dilma Rousseff, cobrando do Governo redução na taxa de juro da Selic, diminuição na carga tributária e uma proposta concreta do Governo com o objetivo de reduzir os gastos com pessoal. Presente a reunião, Canindé Pegado, secretario da UGT, assegurou que existe um sentimento na população e nos trabalhadores de que a economia esta desorganização e que é necessário medidas urgentes como cortes nas despesas do Governo e um freio na s taxas de juro para mudara situação. O sindicalista alertou que os empresários também devem dar sua contribuição pois hoje 60% das demissões que ocorrem no País são de trabalhadores com até 9 meses na mesma empresa e que desse total 48% são de jovens que estão entrando no mercado de trabalho pela primeira vez. "Isso tem que mudar e cabe aos empresário a iniciativa de mudar esse quadro", sentenciou. Ao fim da reunião ficou decidido que essa semana empresários e trabalhadores vão se reunir para elaborar o documento que será encaminhado à presidenta.     

Fonte: UGT