Termina sem acordo reunião para acabar com a greve dos garis de Curitiba


Terminou sem acordo a reunião no Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) para tentar pôr fim à greve dos funcionários da limpeza pública de Curitiba. Coletores de lixo domiciliar, garis, roçadores e serventes de limpeza decidiram, na manhã desta terça-feira (17), parar o trabalho por tempo indeterminado. Eles são contratados da empresa Cavo, responsável pelo serviço na cidade.

A prefeitura de Curitiba, a Cavo e o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco) devem analisar amanhã (18) a proposta apresentada pelo MPT. De acordo com o sindicato, antes da reunião, os funcionários exigiam reajuste de 20% nos salários e de 30% nos vales-alimentação e refeição. A última proposta da Cavo foi 7,7% de reajuste nos salários em março, com mais 1,3% em setembro e acréscimo de 10% nos vales. Para tentar encerrar a paralisação, o MPT sugeriu aumento de 9,7% nos salários e de 16,4% nos vales. Segundo o Siemaco, todos os 2,5 mil trabalhadores aderiram à greve.

Antes do encontro, a prefeitura de Curitiba divulgou nota em que diz ser responsabilidade da Cavo negociar salários e benefícios com o sindicato. A prefeitura diz que reconhece a legitimidade do movimento e “lamenta que a proposta apresentada ontem (16) pela empresa não tenha sido acatada pelos trabalhadores”.

Para minimizar os impactos da greve, a prefeitura informou ter montado um esquema especial, com caçambas disponíveis nos terminais de ônibus para receber resíduos levados pela população, mas pediu que as pessoas mantenham o lixo em casa até que a situação se normalize.

Fonte: Agência Brasil