Luís Camargo disse que vai se reunir com os procuradores do Trabalho, responsáveis por ações contra o McDonalds, para discutir o encaminhamento que será feito para a realização da força-tarefa. “Mas adianto que nosso trabalho tem que ser feito de forma articulada para buscarmos sempre uma solução para esses problemas”.
O sindicalista americano disse que McDonalds tem a prática de desrespeitar as leis trabalhistas em todos os países, não é exclusividade do Brasil. “A filosofia da empresa é pagar salários baixos e explorar os funcionários com o objetivo que eles sempre peçam demissão”, disse acrescentando que numa pesquisa feita nos EUA com os funcionários da empresa constatou 85% deles sofreram queimaduras. “E sabe qual a posição da empresa? Ela mandava os funcionários colocarem mostarda no ferimento. Ou seja, o Mc Donalds não tem preocupação nenhuma com o meio ambiente de trabalho e com seus empregados”.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (CONTRATHU), Moacy Auersvald, destacou que a entidade com outros sindicatos entraram com ação na Justiça contra a empresa por violações a leis trabalhistas que abrangem infrações cometidas contra trabalhadores e ex-trabalhadores da rede em todos os estados. Além disso, foi pedido a proibição de abrir novas lojas no país, enquanto não forem resolvidos esses problemas.
A ação do MPT da Justiça do Trabalho de Pernambuco, que originou o acordo judicial, em 2012, para o McDonalds acabar com a jornada móvel variável, teve grande repercussão mundial, de acordo com a advogada do sindicato americano, Mary Joyce. “O Brasil tem uma importante liderança mundial nessa questão e sempre que reunimos com outras entidades na Europa, querem saber como esta situação”.