Governo apresenta exigĂȘncias para abonar faltas de grevistas


Uma nova reunião entre a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) e representantes da APP-Sindicato foi realizada nesta segunda-feira (8) em Curitiba para tentar pôr um fim à greve na rede estadual de ensino, que já dura 48 dias. Uma das principais exigências apresentadas pela pasta é em relação às faltas dos professores em abril que, segundo o órgão, só serão reembolsadas a partir do momento da entrega dos Relatórios Mensais de Frequência (RMFs).

A Secretaria exige ainda a elaboração e homologação dos calendários das unidades escolares pelas chefias dos Núcleos Regionais de Educação (NREs) até 19 de junho. As informações são da Agência Estadual de Notícias (AEN).

Segundo a AEN, a secretária Ana Seres defendeu a necessidade de reposição de aulas e cumprimento dos 200 dias letivos e 800 horas. Em documento divulgado pela secretaria, o retorno às aulas em 10 de junho – como quer o governo – faria com que a pasta não abrisse processos administrativos contra diretores de escolas desde que eles entreguem os RMFs dos professores e funcionários das instituições, referentes aos meses abril e início de maio.

No entanto, as faltas da segunda quinzena de maio e início de junho só “serão negociadas mediante reposição das aulas e compensação da carga horária dos funcionários”. Além disso, a secretaria pontuou que não serão feitas rescisões para contratos de professores temporários em função das faltas durante o período de greve.

Posição da APP

Márcio André Ribeiro, presidente do núcleo da APP-Sindicato em Londrina, afirma que o governo, a todo instante, tenta impor condições para dar fim à greve. “Na prática, querem que ao menos os diretores voltem de forma mais imediata e organizem as planilhas de frequência dos professores”, apontou. Segundo ele, as condições colocadas na mesa pelo governo, além dos índices de reposição prometidos, também serão avaliadas pela assembleia geral do movimento em Curitiba, nesta terça-feira (9).

Fonte: Jornal de Londrina