Professores definem calendário de mobilizações


A APP Sindicato organiza hoje em todo o Estado uma série de ações para relembrar o dia 12 de janeiro do ano passado, quando após pressão dos servidores, o governo recuou e retirou de pauta a votação do pacote de medida que previa mudanças no plano de carreira da categoria. Em Londrina, a concentração será às 11 horas, na rotatória das avenidas Juscelino Kubitschek e Higienópolis, em frente ao Colégio Vicente Rijo (centro). Em Curitiba, haverá colagem de adesivos em carros com mensagens referentes a direitos da categoria. 

De acordo com a diretora de Finanças da APP Sindicato, Marlei Fernandes, a ação é uma prévia da paralisação nacional prevista para os dias 15, 16 e 17 de março. No Paraná, no entanto, os professores devem trabalhar o tema com os alunos nas escolas nos dois primeiros dias - com aulas de 30 minutos no dia 16. A paralisação só deverá ocorrer no dia 17. "Vamos reivindicar o cumprimento da lei do piso, e protestar contra questões como a terceirização, o parcelamento de salários e a militarização nas escolas públicas", lista. 

Entre as pautas do Estado, Marlei aponta que os professores seguem na luta pelo cumprimento do piso nacional. Segundo ela, apesar do reajuste de 10,67%, ainda faltam 7,75% para que o piso seja atingido. Outra prioridade da pauta é o pagamento das promoções e progressões em atraso de professores e funcionários. Na pauta educacional, ela destaca a luta pela não redução de turmas e pelo não inchamento das salas de aula. 

Outra paralisação já está programada para o dia 29 de abril, um ano após o ato no Centro Cívico de Curitiba que terminou com centenas de professores feridos. "Além da paralisação, haverá uma mobilização com o Fórum de Lutas 29 de Abril e um ato nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em Curitiba", detalhou. "Vamos nos organizar este ano para não deixar cair no esquecimento tudo o que ocorreu no 29 de abril do ano passado, data que agora tornou-se símbolo de luta para os professores do Estado", completou.

Fonte: Folha de Londrina