Coletores de lixo em Cascavel entram em greve por melhores salários


Os coletores de lixo de Cascavel, na região oeste do Paraná, entraram em greve nesta segunda-feira (4). Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, aproximadamente 40 trabalhadores, de um total de 66 coletores,  estão em frente a empresa em protesto.

Os coletores de lixo pedem reajuste salarial de 15% e a empresa ofereceu 10%, mais R$ 5 de aumento no vale-alimentação. De acordo com a prefeitura, a categoria e a empresa já tinham acertado um acordo, mas na sexta-feira (1°) os trabalhadores desistiram.

“O acordo estava certo, só precisava assinar, então os funcionários mudaram de ideia. Nesta segunda-feira, os coletores ficaram em frente a empresa em protesto e não deixaram ninguém entrar. Como os motoristas dos caminhões não participam dessa paralisação, estudamos a possibilidade de colocar outros funcionários para fazer a coleta e assim minimizar os prejuízos à população”, explica o secretário Luiz Carlos Marcon.

Marcon informou que dos 11 veículos que fariam a coleta nos bairros e no centro nesta manhã, apenas três saíram do pátio da empresa. Como não há previsão do fim da paralisação, o secretário de Meio Ambiente afirma que apenas o lixo acumulado no centro da cidade será recolhido nesta segunda, o serviço não será realizado nos bairros.

“O centro é a região que mais acumula lixo, por isso a coleta ficará apenas no centro nesta segunda. Vamos analisar como ficará a situação nos próximos dias no decorrer desta segunda-feira”, diz o secretário de Meio Ambiente.

Atualmente, são recolhidas 300 toneladas de lixo nas segundas-feiras e 280 toneladas diárias no resto da semana. Onze caminhões são utilizados na coleta no período diurno e a mesma quantidade de veículos realiza a coleta durante a noite. Em cada veículo ficam três coletores.

O Sindicato dos Empregados em Empresas (Siemaco), que representa a categoria, informou que 30% dos coletores estão trabalhando e o restante aderiu a greve.

“O salário deles é baixo quando se analisa o tanto que eles correm por dia. Cada coletor corre entre 46 km a 50 km diariamente, e se eles se machucam não há uma assistência adequada. Nós também reivindicamos por um plano de saúde. O trabalho deles é muito pesado”, explica a secretária do Siemaco, Daiane Paes.

A prefeitura pede a população que tenha paciência nesse período, pois a coleta pode ser prejudicada até que categoria e empresa entrem em acordo.

Fonte: http://g1.globo.com/