Prefeitura de Londrina deve concluir até agosto projeto de lei que define novos valores do IPTU


O prefeito de Londrina Marcelo Belinati (PP) deve entregar à Câmara de Vereadores, até agosto, o projeto de lei que vai definir o reajuste no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). A decisão deve ser tomada com base em um levantamento que atualizou os valores dos imóveis e que identificou cifras bem maiores do que as de 15 anos atrás.

Técnicos da prefeitura coletaram os dados em classificados, imobiliárias e de vendas recentes. Londrina tem 225 mil imóveis, e a prefeitura alega não ter estrutura para definir o valor individualmente. Por isto, fez médias de acordo com as regiões da cidade.

O estudo técnico já está pronto. No levantamento, estarão os detalhes e as proporções do reajuste, além das isenções e descontos.

A nova planta de valores mostra a evolução nos preços dos imóveis de 2001, ano da última revisão do IPTU, até agora.

Para Gerson Guariente, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), o trabalho de revisão é necessário.

“Infelizmente se ficou muito tempo sem fazer esse trabalho de atualização. E você tem distorções ao longo do tempo”, declarou.

Por exemplo, na zona norte de Londrina, uma casa de 70 m², em 2001, valia R$ 80 mil. Atualmente, custa R$ 250 mil.

Na zona leste, um imóvel parecido, saltou de R$ 40 mil para R$ 150 mil. A valorização também foi grande nos bairros mais caros. Na Gleba Palhano, um apartamento que no último estudo custava R$ 250 mil, agora foi avaliado em R$ 600 mil.

Terrenos em condomínios fechados da zona sul passaram de R$ 80 mil para R$ 600 mil.

Também está em análise uma distribuição do aumento, em vários anos. Atualmente, se todos os donos de imóveis pagassem o IPTU, a cidade receberia R$ 214 milhões por ano. Com os novos valores, isso poderia chegaria a R$ 570 milhões.

Fonte: http://g1.globo.com/pr