Professores rejeitam e prefeitura desiste de ampliar carga horária da educação


A Prefeitura de Londrina desistiu de ampliar a carga horária da rede municipal de ensino depois que a maioria dos professores rejeitou, em questionário on-line, a proposta para aumentar de 20 para 30 horas semanais o tempo em sala de aula. O anúncio de que o projeto de lei não será encaminhado este ano à Câmara Municipal de Londrina (CML) foi feito na manhã desta segunda-feira (20). 

Dos 2,9 mil professores da rede municipal, 2.038 responderam ao questionário e apenas 530 optaram por ampliar a jornada, o que não atenderia as 1.400 turmas previstas para 2018. 
Segundo a secretária de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, a rejeição ocorreu devido a dúvidas levantadas pelos servidores, como a incorporação do valor adicional no 13º salário, como o esquema funcionaria para quem tem dupla jornada e se a ampliação teria um prazo de vigência.

 O presidente do Sindserv (sindicato dos servidores municipais), Marcelo Urbaneja, diz ver a atitude da administração "com bastante simpatia, ao adotar um sistema democrático e cumprir o compromisso". 


A entidade já havia se pocisionado contrária à proposta, que era vista como uma mudança na denominação da hora extra para não pagar o adicional de 50% sobre o valor - de acordo com ele, a prefeitura gasta R$ 2 milhões ao mês com horas extras. "Isso indica falta de professores. Como querem aumentar a carga horária do aluno sem contratação?", questiona. 

Maria Tereza também concorda com a necessidade de contratação de professores, não apenas para suprir a demanda, mas também para repor os funcionários em vias de se aposentar, já que houve um aumento expressivo este ano de pedidos por conta das mudanças na previdência aventadas pelo governo federal. 

Fonte: Portal Bonde (Com informações de Carolina Avansini, do Grupo Folha)