Protocolado às pressas na Câmara Municipal, o projeto do prefeito Marcelo Belinati (PP) que cria 415 novas vagas na Secretaria de Educação já foi alvo de debate na sessão desta terça-feira (5). Com 16 votos a favor e três ausências (Felipe Prochet, Mário Takahashi e Gérson Araújo), os vereadores dispensaram a tramitação especial da proposta, que ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). 

No texto enviado ao Legislativo, a Prefeitura de Londrina definiu que pretende chamar 240 professores para o Ensino Fundamental, 170 para Educação Infantil e cinco para Educação Física do concurso público realizado em 2015. O edital foi prorrogado até 2019. Em entrevista à FOLHA, Belinati não assegurou que "todos os candidatos serão chamados em 2018", mas salientou que a admissão "é importante para reduzir os gastos com horas extras". 

As contratações representarão um impacto financeiro na folha de pagamento de mais de R$ 18 milhões no ano que vem, R$ 21 milhões em 2019 e R$ 22 milhões em 2020. Os valores foram divulgados em despacho assinado pela secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, o secretário de Fazenda e Planejamento, Edson de Souza, e o controlador-geral do Municipio, João Carlos Barbosa Perez. 

Segundo o prefeito, a criação das vagas "irá proporcionar o direito à educação". O secretário de Governo, Marcelo Canhada, também fez um apelo para que o projeto passe o mais rápido possível na Câmara. "Queremos que eles (vereadores) aprovem até o final do ano. É essencial para chamarmos os candidatos, verificarmos se eles estão interessados em assumir e, caso aceitem, produzirmos assim a documentação necessária", afirmou. 

Conforme Canhada, os convocados têm até 30 dias para informar se estão dispostos a trabalhar ou não na prefeitura. "Depois dessa fase, a secretaria precisa realocar os novos servidores nas escolas. O objetivo é cumprir esse trâmite antes do ano letivo começar, o que deve acontecer lá por fevereiro", completou.

Fonte: Folha de Londrina