Trabalhadores vão interromper as atividades durante a quinta-feira (2). Eles reivindicam 15% de reajuste salarial e a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho
Os funcionários da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Londrina (Embrapa Soja) decidiram, na manhã desta quarta-feira (1º), aderirem à paralisação nacional que será realizada na quinta-feira (2). O motivo é a falta de um acordo em relação ao reajuste salarial dos trabalhadores. Enquanto o Sindicato dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) reivindica 15%, a diretoria da Embrapa ofereceu 5,53%. A manifestação deve ocorrer nas 40 sessões sindicais. Durante a paralisação na cidade, apenas nos serviços considerados essenciais continuaram funcionando.
Segundo o presidente da Sessão de Londrina do Sinpaf, Antonio Carlos Ferreira Mendes, o movimento também servirá para pressionar o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a autorizar o reajuste salarial. Uma nova rodada de negociação entre a diretoria da Embrapa e sindicato está marcada para as 11h de quinta-feira. “Acredito que desse encontro possa surgir alguma solução para o impasse. Queremos ter um ganho real e evitar que o reajuste vai a julgamento no Tribunal do Trabalho. Como o órgão entrará em férias, uma decisão nessa instância poderá sair somente no fim do ano”, comentou.
Os funcionários da Embrapa também aguardam a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que ainda está
No entanto, o presidente da Sessão Sindical de Londrina destaca que houve avanço na negociação do principal ponto de impasse em relação à prorrogação do ACT: o pagamento de adicional de insalubridade. “A Embrapa queria pagar os 20% do acional sobre o salário mÃnimo. Contudo, houve uma negociação e o Ãndice de cálculo será o valor de R$ 1.027,00, o que agradou os funcionários”, explicou.
Além dos 15% de reajuste salarial, os funcionários da Embrapa reivindicam ainda a contratação de mais funcionários e isonomia de benefÃcios, parcelamento de férias e licença especial, também para os empregados contratados depois de 1989.
Fonte: GAZETA DO POVO