Somente com o aval da Mesa Executiva e da Procuradoria é que a Comissão de Ética do Legislativo poderá dar início as apurações. No entanto, a vereadora pode recorrer da sentença proferida na Justiça em Londrina.

Petriv comentou que o pedido solicita o afastamento imediato de Sandra Graça. "Há uma condenação de perda de função pública, multa duas vezes ao valor subtraído, impedimento de contratação com o poder público por 10 anos e para que ela seja afastada", disse. Ele citou casos de sentenças anteriores em que houve a saída do parlamentar antes mesmo do último grau de julgamento.

Boca aberta contou que o documento também foi encaminhado para a 41ª Zona Eleitoral de Londrina e ao vereador e presidente da Câmara Municipal, Rony Alves (PTB). O vereador Roberto Kanashiro (PSDB), presidente da Comissão de Ética, adiantou que a Mesa e a Procuradoria Jurídica devem analisar se há fundamentos substanciais para a abertura de uma apuração pelo grupo. Ele acredita que ainda nesta semana é possível haver um parecer sobre o caso.

Questionado na última semana sobre os motivos da Comissão de Ética e da Corregedoria da Câmara não terem se manifestado sobre a condenação de Sandra Graça, Kanashiro afirmou que não poderia fazer nada se não fosse "provocado" com o pedido formal da comunidade.

O suplente de vereador adiantou que também deve entrar com outro pedido de investigação de quebra de decoro parlamentar, no caso do vereador Jamil Janene (PP), condenado em 2012, na esfera criminal. Petriv negou que os pedidos sejam uma retaliação ao PP por conta da campanha eleitoral passada, em que ele fazia parte de um grupo que foi preterido dentro do Partido Progressista.

E ameaçou também mover ação contra o PP por ter apoiado a campanha de Sandra Graça com R$ 30 mil, sendo que não houve doação para os demais candidatos. "Sou o quarto suplente. Não estou preocupado com isso. Não estou preocupado em assumir", afirmou.