Docentes de institutos e universidades federais permanecem em greve


Segundo o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), a greve dos professores e técnicos administrativos de institutos de educação, universidades federais e do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, deverá ser mantida, pelo menos, até o próximo final de semana. Informações foram divulgadas nesta terça-feira (24). No sábado (28) e no domingo (29), ocorrerão plenárias quando será decidido pela continuidade ou o fim da paralisação. 
Os docentes e funcionários de 163 instituições em 19 estados permanecem em greve há mais de 60 dias. No dia 17 de junho, uma liminar do STJ ( Superior Tribunal de Justiça), havia determinado que os profissionais voltassem ao trabalho, caso não cumprissem o acordo, seriam punidos com multa de R$ 200 por dia. O entendimento da Justiça foi baseado em um acordo para reestruturação remuneratória firmado em 2012 entre o governo e os servidores públicos federais, o que não é reconhecido pelo Sinasefe, que atualmente representa a categoria. 
O acordo sobre o qual a Justiça se baseia estabelece que os trabalhadores não poderiam fazer greve até março de 2015. Segundo o STJ os grevistas são servidores públicos, portanto tem responsabilidades que devem ser atendidas. 
Nesta terça-feira, o Sinasefe irá recorrer ao STJ pedindo que a liminar que obriga os profissionais a voltarem ao trabalho seja derrubada. Hoje, termina o prazo para o recurso. 
De acordo com informações do sindicato, desde a última terça-feira, diversas reitorias exigiram que os professores e técnicos voltassem ao trabalho, a medida foi entendida pelo movimento como uma violação do direito à greve. No momento, a expectativa do sindicato é que a paralisação seja mantida. Na próxima semana, a categoria deve organizar atos públicos, caravanas a Brasília, fechamento de ruas e ocupação de institutos de ensino. 
No caso dos técnicos administrativos, como houve descumprimento de um acordo de 2012 em que o governo se propôs a fazer um redimensionamento do corpo de funcionários, a racionalização de antigos cargos; o reposicionamento de aposentados; a democratização dos cargos nas instituições de ensino e uma análise das terceirizações, a greve será mantida. 
No caso dos docentes, eles pedem a reestruturação da carreira, a reposição de perdas salariais com a inflação e entre outras demandas.
Fonte: Redação Bonde